Cybathlon 2020
A Universidade de Brasília representou o Brasil na Cybathlon 2020, uma competição internacional na qual pessoas com deficiências disputam entre si em 6 categorias distintas usando sistemas de tecnologias assistivas de última geração. Popularmente conhecido como as "Olimpíadas Biônicas", o evento ocorre a cada 4 anos, coincidindo com os anos olímpicos.
A edição de 2020 ocorreu nos dias 13 e 14 de novembro, reunindo 70 equipes de 23 países e transmitida ao vivo por meio de plataforma criada para o evento. O grupo de pesquisa da Universidade de Brasília Empoderando Mobilidade e Autonomia (EMA) participou com equipe na categoria Corrida de Bicicleta por Estimulação Elétrica Funcional, sendo a única representante brasileira na competição.
Integrantes da Equipe EMA.
A equipe EMA desenvolve tecnologias assistivas com pesquisas de ponta para capacitar a mobilidade e a autonomia de pessoas com restrições motoras. Os estudos têm o envolvimento de profissionais da saúde, engenheiros, membros da sociedade esportiva e pacientes. Como destacado pelo coordenador do grupo de pesquisa, o professor Roberto de Souza Baptista, essas tecnologias permitem intervenção no sistema nervoso para realização de atividade com membros paralisados:
Na categoria que a gente participa, pegamos pessoas que não têm o movimento voluntário das pernas, e com esta técnica de eletroestimulação funcional, fazemos um atalho entre o cérebro e o membro paralisado da pessoa. Fazendo isso de uma forma coordenada e com um sistema elaborado, juntando sensores, computação e algoritmos bem avançados, a gente consegue ativar os músculos de forma coordenada e produzir uma pedalada.
Triciclo desenvolvido pela Equipe EMA.
Estevão Lopes, educador físico e atleta paralímpico, é o piloto da equipe. Na primeira edição do evento, em 2016, a EMA classificou-se para a final e ficou em oitavo lugar na categoria Ciclismo Assistido por Eletroestimulação. Este ano, a intenção é melhorar o feito, como coloca o piloto da equipe:
É um resgate da autoestima ver que a minha perna não perde músculos como geralmente acontece com outros cadeirantes.
As minhas expectativas são as melhores. Para mim, já é um marco estarmos participando pela segunda vez e sendo elogiados pela segurança e pelos protocolos. Mas, eu, como atleta de alto rendimento, não quero só participar. Quero estar entre os melhores e trazer esse título para Brasília e para o Brasil.
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