Primeira reunião do Comitê de Pesquisa e Inovação de Combate à Covid-19

Contra o COVID, UnB em ação 

 

 

No dia 23 de março de 2020, ocorreu a primeira reunião do Comitê de Pesquisa, Inovação e Extensão de combate à COVID-19 (CPIE), efetuada via videoconferência. O Comitê de Pesquisa e Inovação de Combate à Covid-19 foi criado pelo Ato da Reitoria n. 0449/2020, visando planejar, sistematizar e buscar viabilizar a execução de ações institucionais de pesquisa e inovação para o enfrentamento do coronavírus. O comitê atua na indução de projetos, a partir da análise de propostas provenientes das unidades acadêmicas e administrativas e da prospecção de parcerias entre a UnB e instituições públicas e privadas para viabilizar tais propostas. A composição do comitê foi ampliada pelo Ato da Reitoria n. 0457/2020.

 

 A primeira reunião do Comitê centrou seus esforços para elaborar a Chamada Prospectiva de Propostas de Projetos e Ações de Pesquisa, Inovação e Extensão para o combate à COVID-19, visando ampliar a atuação da UnB na contenção da pandemia do coronovírus. O edital está disponibizado nessa página, e as propostas podem ser submetidas pelo formulário acessível pelo link https://forms.gle/Nbc2nuRaJjUxFhgG6.

 

 

1 reuniao CPIE UnB

Primeira reunião do CPIE/UnB foi feita por videoconferência.

 

Esta não é a única ação da Universidade de Brasília contra o coronavírus. A UnB firmou no dia 20 de março de 2020 uma parceria com o governo do Distrito Federal para disponibilizar seus laboratórios para a realização de testes do novo coronavírus. Com isso, a estimativa é realizar entre 500 e 700 novos exames por dia.

 

A UnB também emprestou equipamentos à Secretaria de Saúde do DF e cedeu servidores para auxiliar no diagnóstico do coronavírus. O Instituto de Ciências Biológicas (IB) possui sete máquinas usadas para analisar o material genético do vírus, que serão emprestados ao Laboratório Central de Saúde Pública do Distrito Federal (LACEN-DF). As três primeiras máquinas serão encaminhadas ao LACEN-DF já no dia 24 de março de 2020. Além de dar utilidade para os laboratórios da instituição, hoje ociosos com a suspensão das aulas por conta da pandemia, a iniciativa da UnB objetiva vincular o atendimento laboratorial com pesquisa. Com isso, será possível mapear o contágio pelo vírus a partir de variáveis como idade, sexo e área geográfica.

 

Um dos equipamentos do IB a serem emprestados ao LACEN-DF

Um dos equipamentos do IB a serem emprestados ao LACEN-DF.

 

 

Outra iniciativa é a do médico residente do Hospital Universitário de Brasília (HUB), Pedro Henrique Moraes, que teve a ideia de reunir doações de equipamentos de proteção individual (EPIs) para unidades de saúde públicas do DF, contando com ajuda de impressoras 3D. O projeto “Movimento Brasília Maior que Covid-19” ajuda no combate à pandemia com a produção de máscaras face shields, um tipo de proteção física utilizada por profissionais de saúde para evitar contaminações. Como definido pelo senhor Pedro Henrique Moraes: 

Trabalhamos com impressão 3D e corte a laser. Todo mundo com equipamentos deste tipo pode ajudar produzindo esses materiais, que não precisam de uma validação muito grande e podem ser feitos com facilidade. Basta nos chamar nas redes sociais que damos o arquivo já pronto para a pessoa só colocar na máquina, apertar o enter e produzir.

 

A intenção do grupo é ter cada vez mais voluntários e materiais. Alunos do Laboratório Aberto, voltado para impressão 3D na UnB, se juntaram e formaram um núcleo com 40 pessoas na área da impressão e produção das faces shields. Os equipamentos são entregues em unidades como o HUB, o Hospital Regional da Asa Norte (Hran) e o Hospital das Forças Armadas (HFA). As primeiras entregas já aconteceram. No dia 23 de março de 2020, 12 protetores faciais impressos em 3D foram levados para o Hospital Universitário, junto a outras doações que o grupo conseguiu por meio de vaquinha, como álcool em gel e luvas, por exemplo.

 

Patricia Micheletto

Estudante de mecatrônica, Patricia Micheletto, é voluntária na produção dos equipamentos.

 

Em relação a ações junto ao governo federal, há a produção de álcool gel, proposta da Universidade de Brasília feita ao Ministério da Saúde; e o uso da sala de crise do Campus Darcy Ribeiro. A produção de álcool gel será feita na fábrica-escola do Hospital Universitário, cuja capacidade de produção está sendo avaliada. O uso da sala de situação da Faculdade de Ciências da Saúde poderia atender a 100 municípios, sendo que este local possui estrutura para o acompanhamento de dados e situação epidemiológica.

 

 

 

Créditos do texto e das citações: CPIE/UnB, Secom/UnB, Agência Brasil, Correio Brasiliense, G1

Créditos das Fotos: Renata Aquino (PCTec/UnB), Gabrielle Rodrigues das Neves, Rafael Franzoni (G1)